Mesmo reciclado, o papel só pode ser reaproveitado cerca de sete vezes. A reciclagem evita o plantio e o corte excessivo de árvores para produção. O projeto São Paulo mais Limpa mostrou como é feita a reciclagem.
Em uma unidade de uma empresa produtora, todos os troncos de árvores plantadas, com autorização de órgãos ambientais, vão virar papel. Depois de moída, a madeira vai para o forno, onde é transformada em uma massa de celulose. Na máquina, o papel fica pronto. Em outra unidade, a fabricação não começa com a madeira, pois é produzido o papel reciclado. O que sobra das indústrias ou é recolhido na coleta seletiva é misturado e transformado em fardos.
Cada bloco tem a mesma quantidade de fibras de quatro árvores. Daí em diante, o processo é parecido com a produção do papel branco. Os fardos são misturados com água e viram uma massa de celulose, prensada e seca até voltar a ser papel. Parte dessa matéria-prima vem de 80 cooperativas de todo o estado de São Paulo, onde o material é cuidadosamente separado.
Dos 10 milhões de toneladas de papel produzidos no país, menos da metade é reciclada. O ciclo do material tem limite, diferente do alumínio e do vidro, por exemplo, que podem ser reciclados infinitamente. Mesmo assim, o papel deve ser reaproveitado.
"Estudos indicam de cinco a sete vezes em laboratório. Não é infinito porque a fibra degrada", explica o gerente industrial Rodrigo Pestana.
Por isso, as florestas cultivadas para a fabricação do papel sempre serão necessárias, mas, quanto mais o material for reciclado, menor nossa dependência das árvores, a fonte natural do papel.
Fonte: Portal G1
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